FCSH/UNL
Nas duas últimas décadas século XX assistiu-se a significativos marcos na valorização dos arquivos de família, em função da confluência de diversos desenvolvimentos disciplinares e sociais: por um lado, um interesse da arquivística - num momento de debate e pesquisa identitária disciplinar muito intenso - por sistemas de arquivo não estatais (pois os estatais eram os que até então conferiam identidade de serviço público, sendo a relação com os arquivos privados mais problemática); por outro, o grande desenvolvimento a que se chegara, no âmbito da História social sobre o Antigo Regime, nomeadamente no que toca à História da família e das formas de ordenação societal; finalmente, pela valorização patrimonial e cultural de que começaram a ser alvo os arquivos de família em posse de privados.
Expressão deste interesse foi a realização, desde inícios de 1990 e prolongando-se até hoje, de reuniões alargadas sobre os arquivos de família, em Itália, França, Espanha, bem como a uma explosão de trabalhos teóricos e práticos sobre o tema e, ainda, à realização de cadastros de vários tipos, desde os guias às bases de dados. Em Portugal, apesar de se terem dado os primeiros passos pela mesma época, e de existirem interessantes propostas e projectos em curso, há ainda muito a fazer, nomeadamente em termos de envolvimento da sociedade civil. O presente encontro, inserido num projecto plurianual mais vasto de investigação científica sobre o tema, pretende ser um primeiro contributo neste sentido, reunindo arquivistas, historiadores e proprietários de arquivos de família para debater este assunto de interesse comum e para definir vias de colaboração futura.
Para mais informações:
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